Como muitos aqui sabem, sou jornalista há mais de 30 anos e experiência não me falta. Digo isso não só pelo tempo, mas pela quantidade de textos escritos e publicados.
Optei pela profissão de assessora de imprensa para dar voz a muita gente, utilizando palavras e fatos como representantes de serviços e marcas. Boa parte deles são hoje grandes empresas. Isso chama-se autoridade.
Processos de marketing, mídias sociais e influenciadores até funcionam, mas nada tem tanta credibilidade quanto a mídia espontânea.
Dia desses, um grupo de assessores do qual participo levantou um assunto importante: um CEO de empresa se gabava por “estar na mídia”. Segundo ele, a contratação de uma empresa distribuidora de releases o havia colocado em 30 veículos diferentes, ajudando-o no fortalecimento de sua marca. O único detalhe omitido é que era conteúdo pago, informe publicitário, colocado em páginas escondidas de grandes portais. Nada a ver com jornalismo ou construção de reputação.
Quem lê, percebe que não é uma pauta que despertou o interesse de um jornalista, mas sim, frases construídas para vender, assim como sempre se fez na publicidade.
Eu, particularmente, não tenho nada contra, mas daí a dizer que isso é trabalho de RP… nem pensar! Quem quebrou cabeça, fez pesquisas, follow-up e construiu relacionamento com a imprensa? Ninguém. A IA pode fazer um texto desses para ser colocado nesses distribuidores. Sem interação humana, sem emoção, sem credibilidade.
Então, ao escolher a forma de comunicar de sua marca, você escolhe também se está na Série A ou Série B do jornalismo… você até pode ser campeão, mas nunca terá o reconhecimento da torcida… nem o orgulho de estar entre os grandes.
Mídia Paga: a série B da comunicação.
Como muitos aqui sabem, sou jornalista há mais de 30 anos e experiência não me falta. Digo isso não só pelo tempo, mas pela quantidade