Marketing trabalhando ao lado da assessoria resolveria o problema de Kid Bengala?

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Nessa semana o Burger King bombou. Como agência especializada em franquias, podemos dizer que o tanto de espaço conquistado pela marca nos últimos dias, seria um sonho de consumo… se não tivesse sido um grande pesadelo.

Seguindo uma sequência de comerciais bem-humorados, que fazem piadas bobas – mas boas – que vão desde Ronald Fenômeno preferirWhopper a Big Mac, até as intervenções estéticas do Ken Humano, a equipe de marketing pesou na mão ao apresentar o lendário ator pornô, Kid Bengala, como o garoto-propaganda que compara o tamanho do sanduíche ao seu órgão genital.

Se tivesse parado por aí, tudo bem, mas a linguagem utilizada foi além, provocando a ira de clientes e parceiros, por seu tom excessivamente sexualizado. Agora, temos aí um grande desafio a ser gerenciado pela comunicação do BK.

Whopper é um lanche só de adulto? Não! As crianças não devem saber quem é o Ronald, filho do Fenômeno, muito menos quantas cirurgias plásticas fez o Ken brasileiro. Por isso, o tom espirituoso da publicidade ia muito bem, obrigada, até perder a noção do bom senso de do bom gosto.

Digo e repito em voz alta que os marqueteiros têm que trabalhar lado a lado com os assessores, que são, em sua grande maioria, jornalistas por formação e conseguem ter um olhar vendável, sem ser apelativo.

Claro que estamos falando de profissionais de respeito. O time do Burger King deve ser uma constelação, de tantas estrelas, mas o ego, por estar acertando tanto, deu uma inflada que fez a embarcação perder o rumo.Um olhar jornalístico poderia ter dito: para tudo, passou do ponto.

Venhamos e convenhamos que sanduíche que passou do ponto é intragável, assim como foi a presença viril do Sr. Kid e todos os centímetros a mais de pseudocomicidade que, simplesmente, levaram a rede a tirar o vídeo do ar poucas horas depois de ter sido divulgado. Prejuízo que foi estendido às suas ações naBolsa de Valores no dia de hoje.

Que pena. Burger King é uma empresaextraordinária. Tem qualidade, sabores e variedades, que agradam a todos os públicos. Mas o erro estratégico de não pedir para os assessores de imprensa “jogarem um olhar” sobre a forma de trabalhar o marketing teria sido um detalhe que mudaria tudo.

Sem julgamentos, apenas profissionais trocando ideias e chegando a conclusões incríveis. Acima de tudo, não devemos esquecer que na hora do estrago, quem tem que gerenciar a crise é justamente o assessor. É ele que tem que explicar para a imprensa: veja bem, não era bem isso.

Talvez algunsaté tenham achado engraçado. Mas a grande maioria não achou. Agora é hora de repensar os próximos passos e seguir na linha do espírito humorístico, sem perder a classe.

A Lucky Assessoria sempre pede a seus clientes para ser informada com antecedência sobre os planos para publicidade e mídias sociais. A partir de agora, muitos vão entender isso com muito mais clareza.

E o Whopper? Ah esse continua sendo uma delícia… e o vegano de grão de bico, então, é o melhor entre os fast-foods. Então, por favor NUNCA mais confundir a palavrafood com outra palavra qualquer do dicionário de Kid Bengala.

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